ÂMBAR - Felipe Fernandes
Artista aprovado através do Edital de Exposições Ibeu 2018
Curadoria: Cesar Kiraly
Inauguração: 8 de maio, às 18h30
Nesta sua individual à Galeria Ibeu, Felipe Fernandes apresenta 30 quadros em que desloca a sua pesquisa aos pequenos formatos. São telas diminutas obtidas em saldo de armarinho ou como presentes em que o artista prepara abstratamente cenas que não chegam a acontecer, pelo menos nunca como ação evidente. Ele privilegia um clima alegre como nas colagens de Matisse, mas prevê momentos de boicote ao submundo, completamente, leve e festivo. Para obter tal efeito desenvolve diversas formas de moldura às abstrações. A pintura que desenvolve é fusionada à delicadas pétalas de papel, pedaços de fita crepe e imprevistas camadas de cola conferidoras de brilho à tinta. O drama das quase figuras começa e é interrompido antes de iniciar a narrativa.
Fala do artista sobre a exposição:
"Para essa exposição fiz um recorte da minha produção mais recente, que começou no inicio desse ano. Em telas pequenas, por volta de 15x20cm, usei materiais baratos e que estavam a mão, ampliando meu repertório, mas limitando o formato. Um exercício que me propus a partir da ideia de ilustrar um livro infantil que minha mulher escreveu. Observando outros livros desse universo para pesquisar e usar como referência, comecei a observar um uso frequente de técnicas caseiras/artesanais na produção das imagens, como o uso de recortes, canetas hidrocor, métodos de impressão rudimentares e também, em muitos casos, ilustrações inteiramente digitais, mas que simulavam essa construção de imagem mais artesanal.
"Para essa exposição fiz um recorte da minha produção mais recente, que começou no inicio desse ano. Em telas pequenas, por volta de 15x20cm, usei materiais baratos e que estavam a mão, ampliando meu repertório, mas limitando o formato. Um exercício que me propus a partir da ideia de ilustrar um livro infantil que minha mulher escreveu. Observando outros livros desse universo para pesquisar e usar como referência, comecei a observar um uso frequente de técnicas caseiras/artesanais na produção das imagens, como o uso de recortes, canetas hidrocor, métodos de impressão rudimentares e também, em muitos casos, ilustrações inteiramente digitais, mas que simulavam essa construção de imagem mais artesanal.
A maior parte dos materiais usados, desde a própria pequena tela já armada no chassi, são derivados de seções de pintura e artesanato de papelarias, como cola branca, papéis coloridos, canetas, tinta de artesanato, tinta acrílica, fitas adesivas etc, além de materiais que já possuía em casa, como revistas antigas e papeis envelhecidos.
Por serem materiais baratos, me permitiram um alto grau de experimentalismo. Outro dado que me agrada no uso desses materiais é que eles são bastante simples, de fácil acesso a qualquer pessoa e que me remete a uma relação sincera que sempre mantive com esses produtos encontrados em qualquer papelaria.
Mesmo trabalhando em formatos bem reduzidos, depositei muita atenção em cada tela, chegando a um grau de complexidade grande em cada uma delas. Digo isso porque em desenho e pintura, esses pequenos formatos são comumente associados a trabalhos feitos em série, como gravuras, ou estudos e desenhos rápidos. Fiz no total 30 telas em que ia trabalhando em grupos de 10 simultaneamente. Um processo parecido com o que usei em minhas últimas telas maiores, mas ainda mais dinâmico. As intervenções em cada tela eram feitas de forma bem rápida, se assemelhando mais a um processo de colagem do que o que vinha trabalhando nas últimas pinturas feitas estritamente com tinta acrílica. Notei que passei a "depositar" imagens ao invés de construí-las.
Curiosamente desenvolvi esses trabalhos após finalmente sair de um pequeno atelier para um bem maior na fábrica Bhering, após ser comtemplado com uma residência artística de um ano lá."
Sobre o artista: Com formação em Desenho Industrial pela PUC-Rio, iniciou sua investigação em pintura no Parque Lage com João Magalhães. Desde 2008 desenvolve em seu atelier um trabalho que busca a harmonia entre o gráfico e o pictórico, valorizando a espontaneidade e a livre associação em seu processo criativo.
Já participou de exposições em galerias como A Gentil Carioca (RJ) e Oscar Cruz (SP), além dos salões de arte Novíssimos, na Galeria de Arte IBEU (RJ) e o 37º Salão de Arte Contemporânea de Santo André (SP). Possui duas obras no acervo de Gilberto Chateaubriand e atualmente trabalha também como assistente do artista plástico Luiz Zerbini.
Em
2015 fez sua primeira exposição individual intitulada "Primário" na
galeria MUV, no Rio de Janeiro, e no ano passado apresentou a exposição
"Barulho" na galeria DotArt em Belo Horizonte.
ÂMBAR - Felipe Fernandes
Inauguração: 8 de maio, às 18h30
Visitação: de segunda-feira a quinta, das 13h às 19; sextas, de 12h às 18h
Galeria de Arte Ibeu - Rua Maria Angélica, 168 - Jardim Botânico