A Galeria de Arte IBEU inaugura no dia 21 de agosto, às 19h, duas individuais simultâneas das artistas Bianca Bernardo e Daniela Seixas, com curadoria de Ivair Reinaldim. As exposições ficarão abertas ao público de 22 de agosto a 14 de setembro, com visitação das 13h às 19h, de segunda a sexta-feira, na Av. N. Sra. de Copacabana, 690 | 2º andar. A entrada é franca.
Bianca Bernardo e Daniela Seixas foram premiadas pela Comissão Cultural do Ibeu pelos melhores trabalhos do Salão de Artes Visuais Novíssimos, realizado em 2011 - Bianca Bernardo pela obra “Silêncio” e Daniela Seixas pela obra “Do mar condensado nas cartas”. O prêmio é a exposição individual que as artistas inauguram no próximo dia 21.
BIANCA BERNARDO apresenta a individual “Terra Fabricada” composta por desenhos, objetos e o filme Terra Fabricada, realizado este ano entre Brasil e Portugal durante o período de residência artística no LARGO, em Lisboa.
“Terra Fabricada começou na minha infância, nas imagens que construí a partir das histórias e cantigas portuguesas que escutava da minha mãe e avó. Cresci com a estranha sensação de ter a própria terra como pátria estrangeira. Como forma-se um povo? Até onde vai o meu território? Por que as pessoas acreditavam que o mundo terminava na linha do horizonte? Sempre desejei fazer o caminho de volta, encontrar a minha aldeia do outro lado do oceano. A aldeia real seria parecida com aquela ficção criada pela minha imaginação? Quando pequena, perguntei uma vez à mãe o que era uma aldeia. Ela respondeu: uma aldeia é uma cidade muito pequena”, diz Bianca Bernardo.
Ivair Reinaldim, crítico de arte e membro da Comissão Cultural do Ibeu, diz no texto de apresentação da exposição de Bianca Bernardo: “A dimensão que envolve o projeto Terra Fabricada de Bianca Bernardo é aquela do confronto com as próprias origens. Mas toda origem é escolha deliberada – por necessidade, eleição afetiva ou desejo –, disposição que visa identificar um lugar, um estar no mundo. Por isso, há nesta exposição algo que extrapola a referência a um local específico, demarcando muito mais uma propensão, um estado de espírito, um querer. Trata-se de um processo com forte apelo ficcional: o filme documental homônimo, que a artista concebe entre Brasil e Portugal, é representação tanto quanto o conjunto de subjetivações que lhe serviu de suporte, uma colagem/montagem de fragmentos diversos, que reúne lembrança familiar, memória induzida e imaginação pessoal”
Bianca Bernardo nasceu e trabalha no Rio de Janeiro. É mãe do Bento, artista visual, mestre em Artes pelo PPGARTES-UERJ, artista-educadora do Núcleo Experimental de Educação e Arte do MAM-Rio. Entre as principais exposições e prêmios estão: Prêmio 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife, 2012), Bienal SIART (Museu Tambo Quirquincho, La Paz, Bolívia, 2011), Prêmio Novíssimos (Galeria Ibeu, Rio de Janeiro, 2011), 12º Salão Nacional de Artes de Itajaí (Itajaí, Santa Catarina, 2010).
“Terra Fabricada começou na minha infância, nas imagens que construí a partir das histórias e cantigas portuguesas que escutava da minha mãe e avó. Cresci com a estranha sensação de ter a própria terra como pátria estrangeira. Como forma-se um povo? Até onde vai o meu território? Por que as pessoas acreditavam que o mundo terminava na linha do horizonte? Sempre desejei fazer o caminho de volta, encontrar a minha aldeia do outro lado do oceano. A aldeia real seria parecida com aquela ficção criada pela minha imaginação? Quando pequena, perguntei uma vez à mãe o que era uma aldeia. Ela respondeu: uma aldeia é uma cidade muito pequena”, diz Bianca Bernardo.
Ivair Reinaldim, crítico de arte e membro da Comissão Cultural do Ibeu, diz no texto de apresentação da exposição de Bianca Bernardo: “A dimensão que envolve o projeto Terra Fabricada de Bianca Bernardo é aquela do confronto com as próprias origens. Mas toda origem é escolha deliberada – por necessidade, eleição afetiva ou desejo –, disposição que visa identificar um lugar, um estar no mundo. Por isso, há nesta exposição algo que extrapola a referência a um local específico, demarcando muito mais uma propensão, um estado de espírito, um querer. Trata-se de um processo com forte apelo ficcional: o filme documental homônimo, que a artista concebe entre Brasil e Portugal, é representação tanto quanto o conjunto de subjetivações que lhe serviu de suporte, uma colagem/montagem de fragmentos diversos, que reúne lembrança familiar, memória induzida e imaginação pessoal”
Bianca Bernardo nasceu e trabalha no Rio de Janeiro. É mãe do Bento, artista visual, mestre em Artes pelo PPGARTES-UERJ, artista-educadora do Núcleo Experimental de Educação e Arte do MAM-Rio. Entre as principais exposições e prêmios estão: Prêmio 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife, 2012), Bienal SIART (Museu Tambo Quirquincho, La Paz, Bolívia, 2011), Prêmio Novíssimos (Galeria Ibeu, Rio de Janeiro, 2011), 12º Salão Nacional de Artes de Itajaí (Itajaí, Santa Catarina, 2010).
DANIELA SEIXAS apresenta sua segunda individual, intitulada “E toda umidade que há no meio”, composta por desenhos, objetos, vídeos e palavras. Nos trabalhos realizados pela artista em 2010-2011 e 2012 a artista parte do enfrentamento da experiência com o desenho, com as palavras e suas atmosferas. Seja no gesto incessante que expõe a proximidade entre o risco e o mar ou nas surpresas das trocas invisíveis e desenhos no mundo. A artista reúne os trabalhos sob aquilo que chama de uma “discreta vigília e tentativa”.
No texto de apresentação da exposição de Daniela Seixas, Ivair Reinaldim diz: “A paisagem não está fora; ela nos atravessa e se constitui a partir de nossa experiência: eis como podemos apreender a exposição de Daniela Seixas. É por meio da linguagem, no sentido estendido e corporificado das palavras, que a artista reúne um conjunto de proposições, capaz de fornecer um panorama insólito e fragmentado do mundo: uma atmosfera rarefeita; contudo, na eminência de sua condensação. São projetos que se realizam enquanto possibilidades de encontro poético entre aquilo que a artista materializa por meio de objetos, desenhos, vídeos e ações e a disposição subjetiva do espectador para atribuir significados a sua experiência imediata. Encontro que reforça o momento em que nossas vivências dão sentido à existência”.
Daniela Seixas nasceu e trabalha no Rio de Janeiro. Mestre em Artes Visuais pelo PPGARTES- UERJ, entre as principais exposições estão: A riscar (Paço das Artes, SP – 2011), Prêmio Novíssimos (Galeria Ibeu, RJ – 2011), Prêmio EDP nas Artes (Instituto Tomie Ohtake, SP – 2010), “entre-vistas” (Programa Aprofundamento do Parque Lage, RJ – 2010) e Tração (CCJF, RJ – 2010).
No texto de apresentação da exposição de Daniela Seixas, Ivair Reinaldim diz: “A paisagem não está fora; ela nos atravessa e se constitui a partir de nossa experiência: eis como podemos apreender a exposição de Daniela Seixas. É por meio da linguagem, no sentido estendido e corporificado das palavras, que a artista reúne um conjunto de proposições, capaz de fornecer um panorama insólito e fragmentado do mundo: uma atmosfera rarefeita; contudo, na eminência de sua condensação. São projetos que se realizam enquanto possibilidades de encontro poético entre aquilo que a artista materializa por meio de objetos, desenhos, vídeos e ações e a disposição subjetiva do espectador para atribuir significados a sua experiência imediata. Encontro que reforça o momento em que nossas vivências dão sentido à existência”.
Daniela Seixas nasceu e trabalha no Rio de Janeiro. Mestre em Artes Visuais pelo PPGARTES- UERJ, entre as principais exposições estão: A riscar (Paço das Artes, SP – 2011), Prêmio Novíssimos (Galeria Ibeu, RJ – 2011), Prêmio EDP nas Artes (Instituto Tomie Ohtake, SP – 2010), “entre-vistas” (Programa Aprofundamento do Parque Lage, RJ – 2010) e Tração (CCJF, RJ – 2010).